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Convenção do MDB da Serra termina em barraco e gritos: "Vandinho Não"

Convenção do MDB da Serra termina em barraco e gritos: "Vandinho Não"

A liderança do partido decidiu de forma isolada e autoritária apoiar o candidato Vandinho Leite, deixando de lado o pré-candidato do partido, delegado federal Márcio. A militância se revoltou e o presidente deixou o local sob gritos de "Fora Corrupto", "Vandinho Não", "Quem Manda é o Povo" e "Prende ele, delegado". O delegado vai recorrer. Vandinho ficou queimado e certamente não terá os votos da militância do partido.

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            Uma convenção que deu o que falar. Se até então o delegado da Polícia Federal Márcio era pouco comentado quando o assunto eram os prefeitáveis de Serra para o próximo pleito, não é possível mais dizer o mesmo. Ele foi o assunto do dia. A convenção do MDB realizada no domingo, que o apontaria como candidato à sucessão de Audifax, terminou em gritaria. O presidente em exercício Aloísio Santana saiu às pressas, sendo acusado pelos presentes de levar grana para dar uma rasteira no delegado federal e apoiar Vandinho Leite (PSDB).

            Com gritos de “Prende ele, delegado”, “Fora Corrupto”, “Quem manda é o povo” e “Vandinho Leite Não”, a militância mostrou que não apoia a decisão impositiva e autoritária de Aloísio, que acabou cumprindo o que se predispôs a fazer, mas garantiu antipatia à candidatura de Vandinho.

            Se a intenção do tucano foi conquistar os votos emedebistas, o tiro saiu pela culatra. O apoio da liderança partido nem está garantido, porque depende de resultado de ação que será impetrada na Justiça pelo delegado, que não aceita ser passado para trás. “Havia um acordo para que eu fosse o candidato do MDB. Tanto é que estou licenciado da Polícia Federal para concorrer”, disse.

            Nos vídeos que circulam amplamente pelas redes sociais, o delegado se mostrou anestesiado e perplexo diante do que acontecia. Chegaram a flagar Vandinho Leite telefonando para Aloísio mas ele desligou diante dos protestos.

Não há como negar que a decisão de Aloísio foi absolutamente contrária à opinião dos presentes e isolada. “Foi uma decisão pessoal”, garantiu o delegado. Afinal, a votação para que o partido apoiasse outro teve 18 votos contrários e 5 a favor.  E foi desrespeitada.

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