Um pai diferente... Conheça a história do enfermeiro que adotou 13 adolescentes
Ele é conhecido nacionalmente desde que o Fantástico exibiu uma reportagem sobre seus filhos. Uanderson tentou adotar a primeira criança aos 25 anos e não conseguiu. Aos 32, levou seus primeiros filhos para casa e não parou mais.
Uma história diferente do Dia dos Pais. Uanderson Barreto é solteiro e dono de uma grande família. Aos 40 anos, é pai adotivo de 13 filhos. Enfermeiro de Campos, estado no Rio de Janeiro, ficou conhecido no Brasil inteiro desde que o Fantástico publicou uma reportagem sobre suas adoções.
Uanderson cuida dos filhos com a ajuda da mãe. “Eu fujo o padrão do brasileiro quando quer adotar. O padrão é adotar um bebê branco do sexo feminino. Eu fui atrás dos que eram excluídos e teriam poucas oportunidades de sair do abrigo”, explicou quem acredita que o amor não tem cor nem idade, não tem forma, regras ou identidade.
O enfermeiro tentou fazer sua primeira adoção aos 25 anos, mas devido às burocracias que existem no Brasil, só conseguiu levar para casa seu primeiro filho aos 32. Desde então não parou mais. Adotou irmãos, adotou adolescentes com problemas de saúde, crianças que costumam ser rejeitadas e chegam à idade adulta sozinhas no mundo.
João Barreto se recorda do primeiro encontro. “Ele chegou no abrigo, sentou. Eu sentei perto dele, a gente ficou conversando. Gostou de mim e me adotou. Marcos, Vitória e Luciara tem a mesma história pra contar: “Ele é um anjo. Merece tudo de bom”, disse Marcos. “Nós ganhamos muito mais que um pai. Recebemos carinho e amor. Ele me ensinou a ser boa para as pessoas, a fazer doações”, disse Luciara.
A pequena casa abriga hoje uma grande família. “Adoção não é caridade. Exerço a paternidade não por ser bonzinho. Sou pai e ponto. Virou minha identidade. Gosto de voltar pra casa e encontra-los. Respiro essa função 24h do meu dia”, contou.
Num país em que 92% das famílias até adotariam crianças, mas bebês brancos, Uanderson é um exemplo de doação. “Meus filhos me trazem a melhor sensação do mundo. Eles são meu maior prazer. Meu desafio é colocá-los no caminho do bem”, concluiu.