Aécio Neves (PSDB) terá que explicar acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação
Um dos nomes mais fortes do PSDB, o ex-governador de Minas foi citado em delações premiadas de diretores das construtoras OAS e Santa Bárbara Engenharia por superfaturamento de obra pública. Ele responde por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, cartel e fraude a licitação. Momento não é bom no ninho tucano. Sua irmã, Andréa Neves, foi alvo de diversas operações da Polícia Federal e foi presa em 2017.
O ex-governador de Minas Gerais, atual deputado federal pelo PSDB, Aécio Neves, prestará depoimentos a qualquer momeneeto a respeito das acusações de superfaturamento em obras públicas. No dia 11 de agosto, o Ministro do STF, Alexandre Moraes, chegou a suspender o depoimento do tucano, que foi citado em várias delações premiadas. Sua defesa alegava que não teve acesso a todas as acusações. Porém, o adiamento da interrogação foi suspenso na sexta-feira a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Aécio terá que ser ouvido em breve.
Aécio Neves não vive seus melhores momentos. Conhecido por desfilar com mulheres bonitas em festinhas de famosos e endinheirados, vive uma fase negra. O tucano Aécio tem vários inquéritos contra ele. Este, em questão, diz respeito a irregularidades na construção da Cidade Administrativa, quando era governador de Minas. As delações que o acusaram foram feitas por diretores das construtoras OAS e Santa Bárbara Engenharia.
Aécio responde por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, cartel e fraude a licitação. Há também indícios de que tenha desviado dinheiro público através de contratos que não aconteceram e prestações de serviço que nunca existiram. A Cidade Administrativa foi orçada inicialmente em R$900 milhões mas seu custo total passou de R$$1,8 bilhão: quase o dobro.
Ele não é o único da família em mãos lençóis. Sua irmã, a jornalista Andréa Neves foi alvo de várias operações da Polícia Federal. Ela responde às acusações em liberdade, mas chegou a ser presa em 2017 na Operação Patmos, acusada de pedir R$2 milhões para o irmão Aécio, ao empresário Joesley Batista.
Andréa teve sua residência em Belo Horizonte invadida legalmente pela PF que apreendeu documentos na Operação Capitu, em 2018. No ano seguinte, 2019, ela foi indiciada na Operação Escobar, por obstrução de justiça, acusada de ter acesso ilegal a informações sigilosas da PF. Também foi acusada de corrupção passiva e organização criminosa e pode pegar dez anos de prisão.