Não é novidade nenhuma que há muita gente no país que ganha dinheiro com a desgraça alheia. Infelizmente, enquanto muitas famílias derramam lágrimas de sofrimento pela morte de um ente querido vitimado pela Covid-19, há outros ganhando dinheiro com o número de vítimas. Tanto é que virou moda dar o diagnóstico de coronavírus em atestados de óbito.

Pensando na questão acima, algo de errado acontece no município de Guarapari, onde o prefeito Edson Magalhães está em maus lençóis por conta do vírus. Não que ele tenha sido uma das vítimas da doença, mas está na mira do Ministério Público de Contas (MPC), por não ser transparente a respeito de dados em torno da doença.

O órgão propôs representação contra Magalhães e mais: quer uma medida cautelar determinando que o prefeito seja claro e completo no Portal de Transparência da cidade que governa. Magalhães está sob suspeita de aproveitar-se do vírus para comprar sem limites e contratar sem freios, alegando situação de emergência sem que de fato a situação de Guarapari esteja realmente crítica.

O prefeito pode ser multado em R$5 mil caso continue burlando as páginas de transparência da prefeitura. Ele está sendo investigado de infringir a Lei 13.979\ 2020, que ordena que todas as despesas do município sejam detalhadamente publicadas imediatamente.

Magalhães, é bem verdade, até faz publicações, mas apenas para inglês ver. Quem abre as páginas não consegue entender bulufas do que é dito ali. O prefeito, como está determinando o MPC,  tem que ser claro. O que fica evidente, pela forma como sua equipe trabalha, é que Edson Magalhães tem muito a esconder da população.