O Ministério Público do ES e o Ministério Público Federal estão investigando irregularidades na Prefeitura da Serra por conta da compra de 300 mil máscaras em meio à pandemia. Em maio deste ano, em meio à pandemia, a Prefeitura da Serra realizou a compra de 300 mil máscaras para distribuir à população serrana.

Só que o valor da compra chamou a atenção por várias irregularidades. Primeiro, a compra foi feita sem licitação. Segundo, o valor da nota assustou quem teve acesso ao documento: quase R$ 1 milhão de reais (Novecentos e quarenta e cinco mil reais). O nome da empresa contratada foi TBB Consultoria Empresarial e Comércio Eireli em que o empresário Thiago Basseti Batista é um dos donos.

Outro ponto que chamou a atenção das autoridades e que aponta a irregularidade do esquema foi que a nota fiscal emitida pela TBB é de número 001. Por que a primeira nota fiscal desta empresa foi justamente para a Prefeitura da Serra para a compra dessas máscaras? A dúvida é: essa empresa foi montada para fazer as máscaras?

Outro ponto que despertou desconfiança foi que a empresa que “ganhou” para produzir as máscaras tem como endereço um apartamento de luxo na Mata da Praia. O dono deste imóvel é o empresário Thiago Basseti Batista. Depois, mudou o endereço de registro para um galpão de refrigerantes em Jacaraípe. Essa mudança chamou a atenção das autoridades.

Com que critério foi escolhida uma empresa onde funciona um galpão de refrigerantes? Como que um galpão de refrigerantes tem capacidade de produzir 300 mil máscaras para proteger a população da Serra contra a Covid 19? Como as máscaras foram produzidas se essa empresa não possui nenhum funcionário? O Ministério Público do ES e o Ministério Público Federal estão investigando.