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As lições do Velho Guerreiro e a pandemia do novo coronavírus

As lições do Velho Guerreiro e a pandemia do novo coronavírus

"Quem não se comunica, se trumbica" Marcelle Altoé é jornalista e radialista

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O isolamento social, quase que obrigatório para todos, como medida de prevenção ao novo coronavírus, impôs novos hábitos em várias áreas. E essa constatação não se refere apenas ao campo profissional não! As relações pessoais também tiveram que ser adaptadas ao novo normal.

Assim, para o nosso próprio bem, passamos a vivenciar a nossa rotina, praticamente, distante de tudo e de todos. Cenário que trouxe um inquietante paradoxo: nunca estivemos tão distantes e tão próximos ao mesmo tempo!

Como isso pode acontecer? Ah, caro leitor, uma comunicação eficaz faz milagres!

A lição não é de agora! Já dizia o Velho Guerreiro Chacrinha: “quem não se comunica se trumbica”. O comunicador José Abelardo Barbosa de Medeiros, que ficou famoso por revolucionar a TV ao usar um estilo inconfundível para interagir com os telespectadores, jamais imaginou que o bordão criado por ele alcançaria tamanha importância, ainda mais em uma época de tamanho temor.

A Covid-19 paralisou muitas atividades presenciais, mas não as impediu de acontecer! E tudo se deu e ainda assim acontece, graças à tecnologia, mas principalmente por causa das ações de comunicação. Falar com os familiares, clientes, professores e até com médicos passou a ser uma façanha vislumbrada com a ajuda da internet, mas, sobretudo, amparada pelos aparatos da arte de se comunicar.

O que para muitos ficava em segundo plano - investir em ações de comunicação acontecia somente quando sobrava um dinheiro - passou a ganhar protagonismo de forma acelerada.

Vender pelas redes sociais sem se comunicar muito bem, não “rola” mais. Promover reuniões virtuais sem equipamentos que forneçam o mínimo de qualidade também não gera engajamento. Se promover nas redes sociais sem um planejamento mínimo de comunicação é dar um tiro no pé!

Jamais se falou tanto em público alvo, persona para os mais técnicos, métricas de alcance, e outros dados típicos da área. A ação de transmitir uma mensagem deixou de ser apenas o escrever para enviar e ganhou novo peso.

Percebeu-se que apenas falar ou escrever não é suficiente para atingir o receptor. É preciso eficiência para que a mensagem seja compreendida na essência com que fora elaborada!

E na área afetiva? Quantos avós afastaram a depressão ao matarem a saudade dos netos por meio das videochamadas? Claro que no início a comunicação ficava travada, mas com a prática tudo se ajeitou e até passamos a ter vovôs e vovós pop star da internet.

A pandemia do novo coronavírus deu ênfase ao velho ditado de Chacrinha e colocou a comunicação de qualidade no seu devido lugar! Encurtar distâncias, em todos os sentidos, nunca ganhou tanto destaque no palco da vida!

Que esse olhar diferenciado voltado para a comunicação eficiente não se vá com o controle do novo coronavírus. Muito além do que amenizar o sofrimento da distância física, o uso da comunicação eficaz gera negócios e, digo mais, fortalece a autoestima, eleva a alma e nos torna seres humanos melhores!

 

Marcelle Altoé é jornalista e radialista

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