O Caos Virando Regra: Os Abusivos Aumentos em Serra e Vila Velha
A Câmara de Vila Velha aprovou na quarta-feira (05) um projeto de lei que quase dobra o salário do prefeito, do vice e dos secretários municipais. Todas as remunerações receberam um reajuste superior a 80%.
Vivemos tempos em que o caos se tornou a norma, com decisões políticas que penalizam diretamente a população e favorecem interesses obscuros. Os recentes aumentos abusivos em Serra e Vila Velha são mais um exemplo dessa inversão de prioridades, onde o executivo e o legislativo municipal operam em conluio para manter privilégios, enquanto o povo é deixado à mercê de suas decisões.
A pergunta que ecoa é: a quem recorrer? Em um cenário onde os próprios representantes do povo estão alinhados ao sistema que oprime, resta apenas a força popular para resistir. Foi exatamente essa indignação que deu origem aos movimentos gigantescos em defesa da Lava Jato, quando brasileiros se uniram para enfrentar a corrupção que drenava os recursos do país. Mas hoje, onde estão esses movimentos?
Na Serra, vemos uma gestão que reproduz práticas que outrora criticava, impondo aumentos que desrespeitam a realidade econômica da população. Em Vila Velha, a situação não é diferente, com decisões que se distanciam das necessidades reais dos cidadãos. É como se um município seguisse o mau exemplo do outro, perpetuando uma espiral de descaso e abuso.
O mais alarmante é o silêncio popular. Enquanto a indignação das ruas cede lugar à apatia, o caos avança sem oposição. Governantes se aproveitam dessa passividade para impor medidas que, em outro contexto, seriam amplamente rejeitadas.
É hora de despertar. O silêncio popular não pode ser cúmplice do abuso. Assim como nos unimos no passado em defesa de causas maiores, precisamos nos mobilizar contra esses aumentos injustificáveis que prejudicam o presente e comprometem o futuro de nossas cidades.
Que a força do povo, mais uma vez, mostre que quem governa deve respeitar aqueles que os elegeram. Afinal, o caos só continuará sendo regra se permitirmos que ele prevaleça.