Casagrande pode suspender ônibus por mais uma semana
Diante do cenário de aumento das internações e mortes para o mês de abril, o governo pode prorrogar a paralisação dos coletivos na Região Metropolitana
O governo do Estado pode manter a paralisação dos ônibus por pelo menos mais uma semana. O transporte público continuaria suspenso apenas até o próximo domingo (11) nas cidades classificadas como risco extremo - que inclui a Região Metropolitana da Grande Vitória - , mas fontes ligadas ao Palácio Anchieta sinalizam que as restrições devem continuar.
O motivo é o crescente número de internações e mortes por covid-19, cenário este que não deve mudar durante todo o mês de abril, conforme já adiantou a própria Secretaria de Estado da Saúde.
Nos bastidores, a informação é de que o governo ainda não bateu o martelo sobre a questão por causa da pressão que está sofrendo por parte do setor produtivo do Estado para que os ônibus voltem a circular.
Durante todo o mês de abril, a maior parte dos municípios do Espírito Santo deve permanecer em risco extremo ou alto na classificação de perigo do governo. A informação foi dada nesta quinta-feira (08), pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin em entrevista à Rádio Pan News Vitória.
"Acumulamos um número de pessoas contaminadas muito grande e, antes dos sintomas graves aparecerem, leva alguns dias. Será um mês de muitas internações e alto índice de mortes", disse Luiz Carlos Reblin.
Suspensão
O primeiro anúncio da suspensão dos coletivos foi no dia 25 de março, quando Casagrande divulgou medidas mais extremas para reduzir a transmissão da covid-19 no Espírito Santo. A princípio, a suspensão iria valer entre os dias 28 de março e 4 de abril.
Já no dia 2 de abril, ao anunciar o 49º Mapa de Risco, Casagrande informou que o transporte público continuaria suspenso até o dia 11 deste mês nas cidades classificadas no risco extremo.
egundo o mapa divulgado na ocasião, 37 municípios do Estado estão em risco extremo (inclusive municípios da Grande Vitória), 39 no risco alto, 2 no risco moderado e nenhum no risco baixo.